outroscaminhos @ 22:22

Ter, 11/03/08

Todos os dias penso na vida...

Que rumos seguir...

Que vidas amar...

Que opções escolher...

Olho para trás,

Escolhas que só serviram

Para me magoar,

Mágoas que só me fizeram aprender…

Depois de toda esta caminhada

Digo:

Nada poderia fazer,

Ou será que poderia?!

Nunca o saberei...

Estava destinado,

O livro está escrito,

O passado vivido,

O presente a correr,

E o futuro,

Oh, o futuro cabe-me a mim,

Mudar, lutar e seguir.

 

Sonho para acreditar,

Luto para realizar,

Sofro para alcançar,

E, no fim,

 Sorrirei nem que seja

Pelo simples facto

De me sentir viva

Naquilo que tenho que viver!

Ana Pedro, 8 de Março de 2008(23:10h)

 

 

Jamais desistam dos vossos sonhos, daquilo que mais desejam, por pequenas derrotas...

Lembrem-se que a vida é feita de derrotas e que é com elas que mais aprendemos.  

 

 

 




outroscaminhos @ 20:31

Ter, 11/03/08

Descobriste, no traço leve da tua escrita solitária, o segredo da vida. Como quem respira o odor do vento, como quem planta uma árvore, tu desvendaste-o, ou ele, perante ti, apercebeu-se do nada que era. Nada mais forte há que a suavidade de um Ser Humano.

Reflectiste sobre ti com a imparcialidade de um juiz estranho ao mundo, ouviste-te, ouviste o teu outro lado, condenaste. E em tudo foste justa. Primeiro ouviste Reis com a sua filosofia de áurea mediocritas de aproveitar a vida, aprender a viver, aceitar o que vier, sobretudo a morte. Não te mentirei, é sedutora a filosofia: é mais terrível o sofrer por uma causa futuramente inútil do que amar insensatamente uma flor. Ela não dura para sempre, assim como tu, e o sentimento de perda torna o homem demasiado vulnerável...

Mas não foste irracional, não te deixaste iludir e vencer pela fraqueza do momento –independentemente da convenção, um segundo dura sempre um segundo. Fizeste o balanço e alcançaste a eternidade na tua vida efémera. O conceito existe na nossa alma, não na vida.

Fere tudo a um Homem, mas, se lhe retirares o coração, retiras-lhe o murmúrio da vida. E, ao apercebeste-te disto, no teu traço sozinho de uma condenada à mudez, falaste e dissertaste.  A tua voz foi tão límpida como um grito de guerra e fez as montanhas da ignorância ruírem ao som do eco. Saber viver é saber morrer e tu sabes como aproveitar o momento. Os dias de sol são tão bons como os de chuva, se os aprenderes a amar. Nunca arrancaste a nada o coração, o sentimento, a humanidade que existe ,até numa pedra. E és, na tua humildade, livre na tua escravidão porque notaste que eras escrava da reflexão.

Encontraste o Apolo em ti, fizeste-te e construíste-te. A tua força é a modéstia verdadeiramente sentida, a tua perspicácia o sabor do vento, os teus olhos o azul do mar. Construíste-te. Nada mais forte é que a crença humana. E tu acreditas na vida, no florescer de uma flor, no mundo que existe numa poça de água.

O segredo da vida é acreditar nela. E tu descobriste-o, pensando sobre Ricardo Reis. E não esqueças, não estar errado não implica que o inverso não seja certo; e estar correcto não impede a existência de outros mundos paralelos diferentes e belos. Simplesmente, não podes viver como  Reis. E tu sabes disso, vives como tu própria. Quem não existe, não vive.

Maria InEs



Depois de concluirmos uma etapa, e porque a vida não pára, chegam novas aventuras e novas descobertas por novos caminhos....
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