outroscaminhos @ 17:53

Seg, 03/03/08

    

  Estava uma linda manhã. O sol acordava, ainda sonolento e, nós já possuíamos uma energia contagiante.

  Sentados e agarrados à beira-mar observávamos o nosso reflexo cintilante no mar, por acção da luz solar que incidia naquela altura. Trocávamos carícias, beijos e olhares... paraste, tocaste nos meus cabelos e disseste:  "Eu amo-te!". Eu sorri e, naquele instante, nasceu-se-me um brilhozinho no olhar que nos completou. Preenchi-me de felicidade como se de um arco-íris tratasse e beijei-te.

  Estava feliz. Num jogo de sedução fugi de ti, sorrindo alto e correndo descalça pela areia molhada, bem junto do mar. Tu foste atrás de mim. Agarraste-me. Molhaste-me, empurrando-me para dentro de água. Jogaste-me nos teus braços compridos, sem que me pudesse movimentar. Encostaste o teu nariz no meu, olhaste-me nos olhos e...

  ...Acordei. Tudo isto não passava de um sonho. Só me resta aguardar pela próxima noite de sono e esperar voltar a sonhar contigo.

 

 

 

  

Joana Beites

 


sinto-me: sonhadora


outroscaminhos @ 17:38

Seg, 03/03/08

Nestes últimos dias temos andado completamente atrapalhados com tanto trabalho: testes, trabalhos, apresentações, tudo na mesma altura e tudo a precisar de toda a nossa energia. O pior é que as nossas energias já começam a ser pouquinhas.

Mas não nos podemos ir abaixo! Temos que juntar todas as nossas energias e pensar que já está quase, que já só faltam alguns dias para ficarmos de férias! Sim, porque daqui a quinze dias já estaremos mais descansadinhos, ainda que ocupados com aqueles estudos e trabalhos oficiais das férias.

Estes dias que se avizinham não vão ser fáceis. Temos muito que estudar e temos que dar o nosso melhor para que no final possamos ser recompensados (é verdade que nem sempre a recompensa é a que esperamos mas vamos ser positivos!).

Bem acho que as palavras de ordem são mesmo não baixar os braços e aguentar o cansaço só mais uns dias porque estamos na recta final e depois de tantos anos nesta vida, tanto trabalho já não nos pode tirar o sorriso nem a motivação!

 

Ana Silva




outroscaminhos @ 14:59

Seg, 03/03/08

Num dos dias em que se decapitaram (literariamente) inúmeras cabeças e em que o barulho ensanguentado foi fechado e purificado nas ondas do mar eu dei-lhe um nome. Para expulsar a minha insanidade da minha sanidade que está intrínseca ao amor. A imaginação, às vezes, resume-se a uma mentira que procura causar qualquer emoção humana num corpo dilacerado.

Dei-lhe um nome. À semelhança da personagem do livro que li já há demasiado tempo. Sentei-a no meu colo, como uma criança, como um irmão. Não há espírito maternal, fraternidade é igualdade. Por isso é que lhe dei um nome, para ser igual a mim.

A sua voz é, também, a minha. É a minha sensibilidade humana desajeitada que lhe dá voz. Sou eu o som que projecto no mundo, como uma sombra nocturna.

Música é cor. E não se descrevem cores, azul é azul. Daí que os cegos sejam alvo de uma infelicidade irremediável e os surdos condenados a algo pior que a morte. Dei-lhe um nome, há muito que vejo o mundo com os ouvidos.

Não há sentido.Não há explicação. Acordei, lembrei-me da harpa do druida do livro que li já há muito, muito tempo. E dei-lhe um nome porque somos todos um Prometeu mais ou menos adormecido, a evocar o poder que, na verdade, não possuímos.

Que venha, então, o corvo devorar-me o fígado durante séculos tenebrosos. Eu entreguei-lhe o segredo do fogo: dei-lhe um nome. Atribuí-lhe um significado, uma alma. Tudo o que existe, bem, existe. E tudo o que existe para nós tem um nome - ainda que mudo. Limitei-me a soletrar o dela; e a esperar por Perseu.
Maria InEs


Depois de concluirmos uma etapa, e porque a vida não pára, chegam novas aventuras e novas descobertas por novos caminhos....
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