outroscaminhos @ 15:47

Qui, 23/07/09

Olá pessoal...

 

Deixem-me partilhar convosco um pouquinho deste que foi um dos projectos mais aliciantes em que alguma vez estive, o voluntariado dos Segundos Jogos da Lusofonia....

Posso dizer-vos que foi muito bom, que foi difícil pois foi necessário um esforço muito grande para que as coisas corressem bem, mas acho que conseguímos, superamos as expectativas da organização, e as nossas próprias expectativas...

O voluntariado é isso mesmo... É um teste às nossas capacidades, à nossa resistência e por vezes à nossa personalidade :)

 

 

 

Amadeu Martins


música: Hono da Lusofonia - Katia Guerreiro e Olavo Bilac


outroscaminhos @ 19:43

Sex, 05/12/08

Faz hoje um ano estávamos nós a expor a nossa tela sobre o voluntariado... Um ano...

 

Agora como voluntário este dia é muito mais importante, e é importante porque estou numa associação que se lembra de todos os voluntários.... e isso é muito importante.. O meu obrigado.

 

 

 

Amadeu Martins

 

 

P.S: Onde andam os escritores deste blog...... eu sei que têm mais que fazer mas vá não custa nada e dêem noticias ;P  

 


sinto-me: bem :-D


outroscaminhos @ 11:40

Qua, 21/05/08

               Experiência mágica que marcou e que nunca será apagada da minha memória, do meu coração. Vi de perto a realidade de estar aos poucos a perder quem se ama, pude sentir a dor, e mesmo assim pude viver momentos de felicidade em que se luta para não transparecer tristeza, para que tudo volte a ficar bem. É como os dias cinzentos de chuva e trovoada em que se espera pelo sol do fim do dia, ás vezes ele vem outras vezes não, e a tempestade prolonga-se durante a noite, durante dias e dias seguidos sem cessar.

Nunca mais serei o mesmo, olharei de outra forma para tudo, verei a luz onde os outros vêem apenas escuridão, porque vale a pena lutar, porque não vale a pena desanimar, porque vale a pena buscar a felicidade, porque a perfeição está na simplicidade e no empenho de alma.
A etapa final foi perfeita, não poderia pedir mais de mim, dos meus colegas e amigos, do projecto em si. Ultrapassou tudo o que em algum dia poderia ter imaginado, e é isto que faz com que me sinta realizado. Os problemas foram esquecidos, as más palavras deitadas para o chão, e o orgulho imperou e ainda impera.
Quero continuar com o meu, o nosso, o projecto que já é de todos. Nada irá acabar aqui, porque quero ainda crescer muito mais, quero-me tornar numa pessoa ainda melhor, cheio de histórias para contar, cheio de experiências que possa para sempre recordar.
 
 
Tiago Mendes
 

sinto-me: orgulhoso


outroscaminhos @ 12:47

Sab, 17/05/08

 

          Há projectos e trabalhos que nos marcam para sempre. O trabalho de Área de Projecto que desenvolvemos ao longo do ano foi, sem margem para dúvida, um desses projectos marcantes.

         A escolha do tema foi quase instintiva: era mesmo aquilo que queríamos, era aquilo que nos interessava, era aquele tema que estávamos dispostos a explorar de forma dinâmica e com muita vontade.

        Ao longo do ano o trabalho não foi fácil, mas a nossa vontade e o nosso gosto por aquilo em que estávamos a trabalhar era tanto que conseguimos sempre ultrapassar tudo.

       O trabalho de voluntariado que fizemos foi incrível e marcou-me de uma forma única trazendo-me uma satisfação pessoal que não esperara no início. Todas as experiências com as crianças foram fantásticas e nunca serão esquecidas.

       Este trabalho ensinou-nos muito: ensinou-nos a nunca desistir daquilo em que acreditámos, ensinou-nos que o sonho aliado ao trabalho e ao esforço se pode realizar, ensinou-nos a ter paciência e a acreditar que somos capazes, ensinou-nos a nunca baixar a cabeça e a orgulharmo-nos sempre quando fazemos o que está certo. Este trabalho ensinou-nos que TUDO VALE A PENA.

       Com este trabalho crescemos e aprendemos coisas muito importantes que nos serão muito úteis no nosso futuro. Fizemos um óptimo trabalho e nada pode esbater o orgulho que temos em nós mesmos.

 

 

Ana Silva


sinto-me: muito realizada


outroscaminhos @ 18:27

Qua, 14/05/08

     Pois é!!!

    Hoje saiu no Jornal da Região da Amadora uma noticia relacionada com a nossa apresentação de sexta-feira. Mais um motivo de orgulho e de esforço compensado.

     Agradecemos ao Jornal da Região pela divulgação das coisas positivas que também se fazem nas escolas e que por vezes não são tão valorizadas como as negativas.

 

        Sentimo-nos muito felizes por tudo ter corrido tão bem

 

O grupo

 

 

 

 

 

 

 

 

 




outroscaminhos @ 13:08

Dom, 11/05/08

  Depois de oito meses cheios de esperança, cheios de trabalho intensivo, depois de tantos problemas, depois de algum desespero, depois de momentos de riso, de momentos em que nos ríamos só para não chorarmos, de momentos em que aprendemos a ter calma, aprendemos a respirar, aprendemos a ser positivos, aprendemos que há SEMPRE uma saída, depois de momentos em que os nossos sonhos se iam concretizando, de momentos em que portas se fecharam e janelas se abriram, depois de momentos em que estávamos perante situações que mexiam com o nosso interior, depois de momentos em que discutíamos se calhar por coisas que não mereciam a pena, depois de momentos em que chegávamos a acordo, depois de tantos momentos... Realizou-se.

   Tudo como idealizámos... Depois de tanto esforço, ali naquele curto espaço de tempo, cada passo era importante, cada palavra, cada convidado, cada movimento. Absorvia tudo, porque sabia que aquilo era o culminar de todo aquele esforço, de todas aquelas horas que dedicámos ao projecto. Sabia que aquele momento estava a ser vivido por cada um de nós de uma forma tão intensa que não há uma palavra que o possa descrever. Tudo correu bem. Os nossos nervos transformavam-se em sorrisos. Reparei nas reacções das pessoas enquanto viam a reportagem. É nestas reacções que se percebe verdadeiramente o que as pessoas estão a sentir ao ver aquele pequeno vídeo que levou tanto tempo a ser construído.

   Penso que as pessoas gostaram, vi muita gente com os olhos brilhantes (alegria? tristeza? Não sei mas também não é importante, o importante é que fizemos com que as pessoas pensassem naquela realidade). Gostei sinceramente das questões que o publico colocou. Surpreenderam-me pela positiva e acho que contribuíram em larga escala para o sucesso da apresentação.

   Sim, a parte dos agradecimentos, talvez a mais emotiva. É bom ouvirmos elogios ao nosso trabalho, é bom vermos que as pessoas acham que trabalhamos bem, é bom ver que ainda restam pessoas que confiam em nós, que por vezes depositam em nós confiança e que acreditam que nós somos capazes, mesmo quando nós próprios achamos que não conseguimos. 

   Foi tão bom ver aquela plateia, que embora não estivessem lá tantas pessoas como esperávamos, aplaudiu e acreditou em nós, tiveram a paciência para nos aturar durante aqueles minutos e de uma forma ou de outra marcaram a sua presença num momento de tanta importância para nós.

  Guardarei este momento durante muito tempo, porque embora parecendo tão insignificante para muitos, foi um momento que me tornou muito feliz. Às vezes a vida marca-nos muito pelas situações negativas, mas faz com que desfrutemos dos momentos bons de uma forma muito especial. 

  As lágrimas vertidas no final foram símbolo de que realmente conseguimos marcar, conseguimos atingir o nosso objectivo, e isso dá-me força para continuar. Sim, porque o mais importante agora é continuar, e este projecto abriu-me as portas para o mundo daquela instituição para onde quero ir como voluntário para que possa dar continuidade ao momento vivido naquele final de tarde...  

 Amadeu Martins

        

  


sinto-me: realizado
música: Love Today - Mika


outroscaminhos @ 18:27

Sab, 15/03/08

   Numa instituição que se rege pelo voluntariado, a Acreditar tem-me proporcionado uma grande experiência na medida em que me permite ter um contacto cada vez mais aberto com uma realidade que até há bem pouco tempo era desconhecida para mim.
    Com todo o projecto temos vivido situações que nos despertam cada vez mais para esta causa nobre e de importante valor social e, embora apenas fazendo pequenos trabalhos de voluntariado, sentimos o que é ser voluntário, o que é querer ajudar sem termos nada em troca, o que é estarmos ali para quem nos quer, nem que seja para brincar, para ajudar, no que for preciso.
    Para além daquilo de que nós nos apercebemos por “conta própria”, os relatos que nos têm sido transmitidos por voluntários que já praticam esta actividade há mais tempo marcam-nos muito, não só pela frieza e dureza de algumas histórias mas também porque denotamos o gosto, o prazer e a vontade com que eles estão ali. Lidar com situações de perda, lidar de perto com a morte, com a doença e com a tristeza dos outros nem sempre é fácil, mas dar-lhes alegria, alento, força de viver, transmitir mensagens de esperança é o objectivo de todos aqueles que fazem voluntariado na Acreditar.
   Em todas as entrevistas houve frases que me marcaram como “ O grito de uma mãe que se apercebe que o seu filho morreu é muito marcante. Fica no ouvido durante muito tempo.” ou “ Há situações que são tão positivas que apagam as negativas. Chegou cá num estado muito grave, saiu como uma criança normal.”.
   Todas estas histórias me marcaram, talvez porque de algum modo as compreenda, talvez porque de algum modo as veja de um ângulo diferente. Todas as histórias são importantes e, neste mundo de tudo ou nada que se vive ali, onde “o que conta é uma hora de cada vez” como nos disse uma mãe, nós crescemos como pessoas, como seres humanos e aprendemos uma coisa de que muitos de nós precisamos: aprendemos a encarar a realidade, os problemas, a tentar superá-los seja de que maneira for, e aprendemos, acima de tudo, a relativizar os nossos problemas.
   Por tudo isto ser voluntário não é ser Herói, não é ser mais nem menos do que os outros. Ser voluntário é ter um coração aberto, ser humilde e saber ajudar sem ter medo da resposta, sem ter medo do que pode ou não vir a acontecer. Ser voluntário ensinou-me uma das coisas mais importantes do mundo: o que importa é única e exclusivamente o momento.    
   
Amadeu Martins
 



outroscaminhos @ 17:16

Seg, 18/02/08

Descobri há pouco tempo um sentimento que nunca tinha experimentado antes. É um sentimento que me ultrapassa e que surge de ajudar os outros.

É claro que já tinha ajudado outras pessoas em certas tarefas, em certos momentos em que precisavam de apoio, mas nunca tinha dedicado a minha atenção a crianças que foram traídas pelo destino.

Essas crianças, que só diferem das outras por já terem passado por coisas pelas quais ninguém esperava que passassem, fazem-me esquecer de tudo aquilo que me rodeia e que me preocupa. Ali só existo para elas e com elas.

Aquelas crianças são como flores sensíveis que necessitam de muito carinho, atenção e apoio. Porque estas flores são as mais raras e são aquelas que quando florescem mais nos surpreendem por serem tão belas.

A minha simples e humilde missão é fazer com que cada encontro seja mágico, repleto de sorrisos e de palavras doces para que aquelas lindas flores floresçam mais depressa de maneira a mostrarem toda a sua beleza.

É muito bom poder ajudar estas pequenas flores!

 

           

                      Ana Silva




outroscaminhos @ 14:38

Seg, 04/02/08

   Parámos com um solavanco que nem sequer nos afecta. Dou por mim encandeado pela aquela luz forte e vermelha que me envade o espírito. Sei que demorará a desaparecer. Sei que demorará a dar permissão. Afogo-me em tantos pensamentos. Lembrei-me daquela criança que vi quando fui pela primeira vez ao serviço de pediatria do IPO. Aqule olhar tão vazio de quem estava ali sem nada e com tanto. Dor? Talvez... O seu olhar não reflectia nada. Era vazio como se toda a actividade cerebral tivesse parado. Não esboçava um único sorriso, um único olhar que despertasse a atenção de alguém. Era opaco a qualquer emoção, a qualquer estímulo.

  A luz vermelha continua lá...

  A segunda vez que o vi continuava no mesmo estado. Nem um único sorriso. Os brinquedos, os balões, os papéis, nada parecia ter significado para aquela criança. Como é  possível? Como é possível uma criança estar alheia ao resto do mundo? Não sei... Apenas sei que aquela criança me fez pensar em tanta coisa...

  Mas há sempre a esperança. A última vez que fui ao IPO lá estava ela e não era a mesma. Estava a sorrir, a brincar... Era uma criança doente, mas era uma criança! Uma criança com tudo a que tem direito: com sorrisos e uma réstia de alegria, que por muito pouca que possa ser parece ser igual à alegria do Universo.

  Arrancámos de novo. A luz vermelha deu lugar a um buraco sem vida. Mas a luz verde acendeu iluminando-nos e deixando-nos passar. Engraçado! Tal como aquela criança onde uma luz verde se acendeu entre os lábios.

  Continuei viagem e não pensei mais...

 

 

Amadeu Martins




outroscaminhos @ 17:33

Sex, 25/01/08

  Aqueles pais... Talvez nós não imaginemos o que é. Talvez nem queiramos imaginar sequer. À medida que nos vamos integrando na casa e tendo mais confiança com os familiares das crianças temos contacto com uma realidade que nos faz pensar tanto!

  De um momento para o outro a vida tranforma-se. Deixam tudo: o seu passado, os seus empregos, as suas terras, as suas famílias. Tudo para partirem para o maior desafio das suas vidas. Um desafio sem limites, sem um objectivo, onde cada momento é precioso, onde cada batalha ganha é um ponto para vencer a guerra. Mas também onde cada batalha deixa marcas que ficarão vincadas para sempre nas suas vidas. 

  Para além disto é um desafio onde nada se pode deixar demonstrar, nada pode transparecer porque são as crianças o mais importante e elas não devem perceber. Um sofrimento silencioso que acompanha a sombra escura do semblante.

  Mas há uma coisa que serve de atenuante para todos estes pais. O tempo. Só o tempo ajuda na cicatrização das feridas. Depois de passarem por todas as fases que são normais neste processo (a fase da negação, a fase da raiva, a fase da dor...) tornam-se pessoas que para mim são fenomenais. Sim, porque não são só as crianças que são os Heróis desta batalha, os pais também têm um grande papel.

  A relação entre os pais e os voluntários é marcada por uma grande cumplicidade onde a confiança e a amizade são elementos essenciais.

  Por tudo isto, tiro o chapéu a todos estes pais e digo que tenho uma grande admiração por todos eles, porque são pessoas fortes, corajosas e muito, mas muito HUMANAS.

 Para todos os pais que estejam a passar por situações delicadas que envolvem os seus filhos, lembrem-se sempre que de pequenas vitórias se ganha a guerra.

Amadeu Martins

 

Imagem da campanha "Livestrong" que ajuda crianças e pessoas com cancro

Lance Armstrong Foundation:

http://www.livestrong.org/site/c.khLXK1PxHmF/b.2660611/k.BCED/Home.htm



Depois de concluirmos uma etapa, e porque a vida não pára, chegam novas aventuras e novas descobertas por novos caminhos....
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