Passam horas,
os meus pensamentos teimam comigo,
e a tinta que no papel escreve,
continua sem direcção,
surgem as palavras confusas,
e os pensamentos menos desejados,
claro, para enlouquecer-me
neste universo de dúvidas,
E vão-se os minutos que se transformam em dias, meses, anos,
E a minha mente ri de todas essas minhas desilusões.
Quanto mais perto pareço estar,
Mais longe estou,
E entendo o porquê de cada vez mais me afastar!
Nadia Correia nº8
Maria Inês
Obrigado a todos os que participaram!!!
A tela vai estar exposta de dia 5 de Dezembro até dia 14 de Dezembro, no Polivalente da ESA.
Hoje, naquele, hospital houve algo que me despertou. Já antes tinha sentido algo, talvez pena, talvez um pouco de tristeza, mas logo desaparecera.
Ao canto, naquela cama com uma vista sobre o mar está alguém que sofre. Uma senhora com cabelos tão brancos que denunciam a sua idade avançada. Na hora das visitas não tem ninguém. Os seus familiares estão longe, a mais de cem quilómetros. Não há ninguém. Ela e o mar, apenas. Ao final da tarde o sol que adormece sobre o mar encandeia-a mas não o reflecte. Recusa-se a comer, recusa-se a receber qualquer tipo de tratamento, torna-se até agressiva em algumas situações. É maldade? Não!
É abandono. Os filhos têm as suas vidas organizadas, já não se interessam por aquela "velha". As poucas palavras que diz são "Eu era tão feliz na minha casa..., é para onde eu quero ir...para a minha casa...".
Os filhos, ao verem a mãe doente, decidiram agora pô-la num lar. Ela não se conforma. Tornou-se má. Sente-se abandonada, sente-se desprezada. Os seus olhos perderam a cor de tanta água que deitam. Os médicos e enfermeiros também já não lhe ligam.
Tudo isto me fez pensar. Talvez não sejamos muito justos, pois não? Nós, jovens, às vezes brincamos com a velhice, mas será que já pensámos o que é que nos vai acontecer quando lá chegarmos? Teremos alguém? Ou seremos como aquela pobre velha a quem todos acham maluca? Deve doer tanto depois de uma vida sentirmo-nos desprezados pelo mundo. Sim, porque o desprezo é o que mais dói!
Claro que compreendo as situações dos filhos, que na maioria dos casos têm as suas vidas estruturadas, com horários rigorosos, tornando-se impossível dar um pouco de atenção aos outros. Mas será que não há uma forma? Será que não há uma maneira? Não sei...
Os enfermeiros gritavam com ela, já sem paciência. Senti-me com uma vontade de mudar o mundo, mesmo sabendo que era impossível. No entanto peguei num pacote de bolos e dei-lhos. Não tinha muita consciência do que estava a fazer, mas foi como que um impulso, algo que não consigo explicar. Fiquei congelado à espera da reacção, que podia ser negativa, que podia ser agressiva, que podia ser desesperante. Não o sabia. Ela apenas afastou o olhar fixo do mar. Olhou para mim e sorriu. O sorriso mais sincero que vi até hoje. Mas também o sorriso mais magoado.
Desapareci ao fundo do corredor como tudo na vida desaparece, mas olhei para trás. Ela acenou... Acenei também, sorrindo.
Talvez nunca mais a veja, mas o seu sorriso ficará sempre marcado na minha mente... E, sabem, por muito que nós possamos brincar ou gozar com a velhice, nunca nos devemos esquecer: com alguma sorte também lá vamos chegar. E quando for connosco?
Dedicado àquela velhinha de quem não sei o nome...
Amadeu Martins
Considerei esta notícia bastante chocante, na medida em que os direitos das mulheres são completamente violados...
Leiam com atenção:
PUBLICO.PT
Ana Margarida Pedro
No início da década de 60 o presidente John F. Kennedy colocou como meta para os E.U.A. o envio de um Homem à Lua antes do fim da década. Este desafio foi concretizado no projecto Apollo. Em 20 de Julho de 1969 Neil Armstrong tornou-se o primeiro Homem a caminhar na Lua.
A Lua é o único planeta que tem uma influência directa sobre a Terra, sensível à escala humana. De facto, como se sabe, as marés são provocadas pela atracção da Lua sobre os oceanos; menos conhecido é que a Terra sólida também sofre o efeito de maré, com variações de altura que atingem dezenas de centímetros.
A interacção gravitacional Terra-Lua tem outras consequências interessantes: o efeito de maré atrasa a rotação da Terra cerca de 1.5 milissegundo por século e afasta a Lua da Terra cerca de 3.8 cm por ano; além disso, é esta interacção gravitacional a responsável por a rotação da Lua ser síncrona com a sua translacção.
Na terra, o pôr-do-sol, na Lua ,o pôr-da-Terra...
Referências:
http://www1.ci.uc.pt/iguc/atlas/06lua.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lua
Ana Rita
Estranhamente, pergunto-me porque queremos sempre aquilo que não temos, aquilo que nunca podemos ter. Lutamos e damos tudo por pessoas que nada merecem e àqueles que o merecem temos tendência a desprezar. E os risos escondem-se na memória e as lágrimas espalham-se nas mãos. Sofremos por não saber em quem confiar, sofremos porque não sabemos quem amar, sofremos porque amamos quem não nos merece e sofremos porque gostaríamos de amar aqueles que nos amam de verdade sem nos pedirem algo em troca. Cada palavra parece ser uma sentença de morte, cada suspirar parece ser o derradeiro, cada traço de solidão pede a morte como final. A alma pode ser um pedaço negro se deixares, o coração um nicho de monstros. Abre as asas e voa, o céu tem de ser o limite. Não deixes que o mundo te corte as asas, eles não sabem o que é viver. Afinal, eles nem SABEM o que é voar!
"A vida é uma peça de teatro que nao permite ensaios", por isso Viva intensamente!*
Ana Margarida Pedro
Um dia vou largar tudo, vou agarrar nos amigos de sempre, vou por a mochila às costas, vou entrar no primeiro comboio que aparecer na gare e conhecer o mundo inteiro.
Um dia vou faltar a uma reunião qualquer, vou caminhar até à praia e olhar o mar, vou sentir todos os grãos de areia acariciarem-me o corpo.
Um dia vou sair de casa na trovoada, vou deitar-me na relva e sentir cada gota da chuva fria no meu rosto.
Um dia vou puxar-te por um braço, vou levar-te comigo, vou mostrar-te tantas coisas, vou beijar-te a meio de uma frase.
Um dia vou. Hoje é o dia.
Nádia Abrantes
Nos semáforos da rua de Santa Catarina
Ao menos os teus olhos permanecem
verdes durante todo o ano
Poema de José Braga
Inês